segunda-feira, 6 de abril de 2009

PESQUISA NA BVS

Objetivos
Determinar a segurança e a efetividade do N-9 na prevenção da transmissão vaginal de doenças sexualmente transmissíveis, exceto o HIV, de homens para mulheres.
Antecedentes
A incidência e a prevalência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e de outras infecções do trato reprodutivo (ITRs) é alta no terceiro mundo e em regiões do primeiro mundo. As DSTs e as ITRs estão associadas à transmissão vaginal do HIV. São necessárias mais estratégias para melhorar o controle das DSTs, e os microbicidas vaginais consistem em uma estratégia possível. O nonoxinol-9 (N-9), espermicida largamente usado, é um microbicida vaginal potencial.
Estratégia de pesquisa
Busca sistemática nos bancos de dados eletrônicos, resumos de conferências, referências bibliográficas dos estudos identificados e contato com especialistas na área e com patrocinadores dos estudos.
Critério de seleção
Ensaios randomizados controlados que satisfizeram os critérios pré-determinados de qualidade e que apresentaram DST como desfecho.
Recompilação e análise de dados
Os dados foram extraídos por um revisor e verificados por outro.
Resultados principais
Foram incluídos dez dos 12 ensaios randomizados controlados identificados, com achados fortemente consistentes. Na metanálise, as mulheres que receberam N-9 não apresentaram diferenças estatisticamente significantes quando comparadas com as que receberam placebo, em relação aos riscos de gonorréia (risco relativo [RR] 0.91, IC 95%: de 0.67 a 1.24), infecção cervical (RR 1.01, 0.84-1.22), tricomoníase (RR 0.84, 0.69-1.02), vaginose bacteriana (0.88, 0.74-1.04), clamídia (RR 0.88, 0.77-1.01) e candidíase (RR 0.97, 0.84-1.12). As lesões genitais foram mais comuns nas participantes que usaram N-9 (RR 1.17, IC 95%: de 1.02 a 1.35).
Conclusões dos revisores
Há evidências consistentes de que o nonoxinol-9 não protege contra doenças sexualmente transmissíveis e há poucas evidências de que ele pode ter efeito deletério por aumentar a taxa de ulceração genital. Logo, esse produto não pode ser recomendado para prevenção de DSTs.

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